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segunda-feira, 31 de março de 2014

O mundo de Emilio (Garrastazu Medici)




por Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo






Você pode se perguntar: por que algumas pessoas evocam, saudosas, a ditadura militar?... É como se aqueles tempos, para elas, fossem dourados – sem violência nas ruas, sem crime, sem corrupção.

A resposta é simples.

O mundo que chegava aos brasileiros pela mídia – e o papel dominante da Globo deve ser destacado – era de mentira. As coisas ruins não eram noticiadas. E então as pessoas menos politizadas tinham uma falsa impressão de paraíso na terra, quando era, na verdade, o inverso.

Nos papeis de Geisel, reunidos num livro, você encontra Roberto Marinho se declarando “o mais fiel aliado dos generais” para pedir mais e novos favores. Ser aliado era: produzir um noticiário que era uma lavagem cerebral. Pela Globo, tudo era uma beleza no Brasil. No resto da mídia, submetida a censura e com donos favoráveis à ditadura, não era muito diferente.

Editar é escolher o que você vai mostrar ao público ou não, e assim a mídia construiu um falso Brasil sob os generais.

Com a volta da democracia, o cenário mudou. E ninguém mais que a Globo. Quando Brizola governou o Rio, o foco era inteiramente nas más notícias, reais ou fabricadas. Este padrão permanece até hoje.

Se as companhias de mídia apoiam um governo, os problemas são deixados de lado. A compra de votos no Congresso para permitir um segundo mandato a FHC jamais foi coberta devidamente, por exemplo.

No extremo oposto, o Mensalão foi o que se viu: uma orgia.

Na ditadura, não havia o contraponto da internet, o que dava à mídia corporativa o monopólio da informação que chegava ao público. E essa informação era viciada.

De certa forma, os nostálgicos do regime militar são vítimas. Foram massacrados por mentiras que, em sua ingenuidade, em seu avassalador analfabetismo político, tomaram por verdades. Você só entende a mente tumultuada delas se entender a manipulação a que a mídia, Globo à frente, as submeteu a cada dia, a cada hora, a cada minuto.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. pode ate ser mas a qualidade de vida e o custo que è o que importa eram melhores, a policia não era caçada nas ruas e a educação saude e transporte não e a baguça de hoje sem falar na corrupção desemfreada que mascaram com prisões para soltar mediante habeas corpus e tornozeleira eletronica,privilegios para corruptos de hoje que na epoca não tinha essas regalias roubou vai preso e pronto

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