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terça-feira, 24 de setembro de 2013

E a Datafolha?... vai se interessar pelo "trensalão"?...



por Altamiro Borges, na Carta Maior

No dia do voto decisivo do ministro Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF), o Datafolha – empresa da familia mafiosa Frias, a mesma que edita "A Folha Serrista" – divulgou uma pesquisa com o nítido objetivo de interferir no resultado do julgamento do chamado “mensalão”. Após o intenso bombardeio midiático, a sondagem mostrou o óbvio: 55% dos entrevistados seriam contra os embargos infringentes e 79% pediram a imediata prisão dos “mensaleiros”. Já que está tão interessado em sondar a opinião púbica – que a mídia confunde com a opinião publicada –, o instituto também poderia realizar uma pesquisa sobre o recente escândalo do “trensalão” tucano.

Antes da sondagem, porém, a imprensa deveria cumprir seu papel e produzir mais reportagens investigativas sobre o milionário esquema de propinas entre o governo tucano de São Paulo e as poderosas multinacionais do setor de transportes, como a Siemens e a Alstom. O assunto explosivo simplesmente sumiu dos noticiários dos jornalões e das emissoras de rádio e tevê nas últimas semanas. No caso das revistonas, a asquerosa Veja até hoje nem sequer tratou do escândalo. A mesma mídia, tão seletiva e parcial em suas denúncias, também deveria aumentar o tom das críticas à postura pouco transparente e bastante suspeita do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Quando a revista IstoÉ produziu a primeira matéria sobre o propinoduto tucano – logo apelidado pelos irreverentes internautas de “trensalão” –, o governo paulista negou as acusações e a mídia amiga fez um pacto mafioso de silêncio absoluto. Como o tema agitou as redes sociais e as ruas, com vários protestos exigindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), parte da imprensa foi forçada a tratar do assunto e o governador garantiu que investigaria as denúncias. Até hoje, porém, nada foi feito. O próprio editorial da Folha desta quinta-feira (19) constata, meio a contragosto, que Geraldo Alckmin está enrolando a sociedade.

“Se Alckmin estivesse mesmo disposto a esclarecer o escândalo milionário que atinge sucessivas administrações tucanas, poderia ter adotado medidas mais concretas que apenas palavras favoráveis como ‘toda a transparência’ e ‘suas consequências’... mas não moveu nenhuma palha além dai. 

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