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quinta-feira, 20 de junho de 2013

1964, é você?...



Henry Henkels no Facebook


GOLPISMO COMENDO SOLTO NA TV - agora que fui ver (19:17 hrs) que a Globosta não está apresentando nem a novela... na Record apresentador histérico (aquele nariz de bolota que sempre esqueço o nome) descendo o sarrafo no Bolsa Família e no governo federal... Fala em "impeachment do Collor" a cada 3 minutos... incita o seus telespectadores com as seguintes palavras: "Direto do Rio de Janeiro, um milhão nas ruas contra a corrupção. E tudo começou por que o prefeito Fernando Haddad quis e aumentou as tarifas de ônibus". Daí me pergunto, por que ainda se confundem liberdade de imprensa com esse tipo de jornalismo?... Se para tudo tem fiscalização e limites, desde bancos, partidos, justiça empresas diversas, por que uma concessão pública, que tem como função comunicar fatos, se presta a este serviço mentiroso e parcial e segue impunemente?... Pretendem instaurar o caos?...

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Robert Silva no Facebook

É previsível. Como não há lideranças visíveis no Passe Livre a extrema-direita, parece, já o tomou para si. E o objetivo é claro: fomentar o caos para gerar o golpe contra o governo da Dilma e assim, depois do caos assumir o Governo. Não acredito que vão usar as Forças Armadas. A Direita aprendeu em 2005 que não pode vacilar quando se tratata do PT (DILMA/LULA) pois naquela data ao invés de pedir o impeachment resolveram sangrar o Lula para ganhar nas eleições. Todos sabem o que aconteceu, Lula fez a sucessora e o prefeito da maior cidade do país. Agora, a direita não quer mais errar. 2014 ainda está distante, será que vão tentar derrubar mais um governo como fizeram com o Collor? Ou será que vão tentar no voto? Não sei... Mas eu sinceramente não acredito que as Forças Armadas seguiriam uma gente que grita "Foda-se o Brasil" e queima nossa bandeira.

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Antonio Celso Ferreira no Facebook

Impressões da Paulista e dos Paulistanos (Ato de 20 de junho)

O protesto é contra o Governo. Todos.
Municipal, estadual, federal.
A principal palavra de ordem é: "Vem pra rua, vem, contra o governo"
Dilma é o alvo da classe média mais orgânica e coxinha dos tucanos.
Geraldo é o alvo principal da classe média interclasses.
Muitos cartazes espontâneos contra a corrupção.
Os partidos foram muito hostilizados.
Maior crítica ao PT.
As palavras de ordem do PSTU pegaram mais.
A CUT trouxe meia dúzia, foi hostilizada.
Não vi a UNE.
A ANEL teve certa simpatia do público.
Comparecerem poucos da juventude do PT e do PCdoB.
Muitas bandeiras do Brasil.
Os Annonymus estão a serviço do PSDB.
Libertários também fizeram sucesso.
Alvo político principal: PEC 37 - une todos.
Grande surpresa: "Fora Feliciano" é bandeira que unifica a classe média coxinha e interclasses
(os partidos que não capitalizarem esse ódio vão perder capital político de uma vez por todas)

Conclusão:
Joaquim Barbosa poderá ser o líder mais imediato dessa onda... Todas as minhas intuições desde o ano passado se confirmam. Joaquim Barbosa é o homem do Império.

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por Miguel do Rosário, no Cafézinho



Agora o estrago está feito. Minhas paranóias iniciais, de que a coisa poderia degenerar numa espécie de rebelião descontrolada tipo Líbia, com infiltração de todo tipo de oportunistas, tornaram-se realidade. Ainda tentei sufocar minhas paranóias e acreditar um pouco no bom senso dos jovens. “Eles querem ser politizados. Tudo vai dar certo”, pensei. "É legal ver os jovens indo às ruas protestar por um Brasil melhor. É a primavera da juventude". Quebrei a cara!... Não apenas eu!... Até a presidente fez elogios às manifestações. Mas todas as ressalvas que fiz acabaram se tornando o ponto principal. A coisa toda virou um pesadelo golpista. Sem foco, o movimento degringolou numa revolta fascista, com jovens camisas negras espancando militantes de partidos de esquerda e gritando “ditadura já”, conforme relatos que li do que aconteceu em São Paulo.

A sede dos Correios no Rio foi depredada. A fachada do lindo prédio do Itamaraty foi depredado com coquetéis molotov e pedras.

Eu estive no protesto de Brasília hoje, mas saí antes do quebra-quebra. Notei o elemento difuso. Muitas placas diziam: “é tanta coisa para protestar que não cabe numa placa”. Havia cantorias anti-mídia, contra a Globo, muitas pessoas com placas com dizeres: O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo. E uma bandeira gigante com a logomarca da emissora cruzada com um X. Só que o principal alvo é a política e os políticos. Havia placas pedindo redução dos impostos, ao lado de outras pedindo mais investimentos em saúde e educação. Vi apenas um cara de uns cinquenta anos, estranhíssimo, segurando uma plaquinha Fora Dilma.

O lance se tornou, de fato, um protesto difuso. E isso é o mais estranho. Porque as pessoas chegaram ao espaço aberto em frente ao Congresso e notava-se uma ansiedade para ver alguma coisa acontecer. Meu celular acabou a bateria e minha mulher já devia estar preocupada, então voltei.

O professor Wanderley Guilherme, mais uma vez, detectou o cheiro de golpe. Não é hora sequer mais de criticar o governo por ter permitido ficar numa situação tão frágil. O Brasil não pode ficar na mão de baderneiros fascistas. Mas a Dilma deveria se pronunciar. Já deveria tê-lo feito!

Jovens bem intencionados tornaram-se massa de manobra. Eu estava lá, caminhando ao lado deles, em direção ao Congresso. A maioria dos manifestantes eram realmente pacíficos, com olhos brilhando com desejos de mudança. Mas fascistas também querem mudanças. Fascistas também são ingênuos. Não tínhamos idéia da corrupção moral da juventude até este momento. Eles falam em corrupção, sem noção todavia de que este não é um problema que se combate com palavras de ordem, mas através da implementação de programas de transparência pública e fortalecimento das instituições de controle. Não se vence corrupção com gritos de guerra, até porque todos os corruptos costumam engrossar os protestos. O verdadeiro corrupto é aquele que também discursa contra a corrupção.

O Brasil acordará amanhã com uma ressaca terrível. Rezo para que a nossa “juventude” não esteja totalmente desmiolada, e possa refletir melhor.

Entendo que há problemas terríveis que ainda faltam serem solucionados. Mas a caixa de pandora da insatisfação humana tem uma quantidade infinita de demônios. Eu assisti parentes morrerem tristemente em hospitais públicos ou serem mal atendidos. Eu também tenho muito o que protestar, mas jamais corroborarei a depredação de patrimônio público, porque evidentemente isso não contribui em nada para reduzir as agruras sociais do povo.

Por outro lado, temos de fazer a auto-crítica. Onde falhamos? Não politizamos nossa juventude. Deixamo-la abandonada a um consumismo desenfreado, sob influência de um sistema de comunicação positivamente golpista. Na manifestação em Brasília, cantava-se repetidamente o refrão nacionalista: sou brasileiro, com muito orgulho. Agora que novamente estou paranóico, até isso me soa como um hino integralista e fascista. Afinal, o que significa, nesse momento, ter “orgulho de ser brasileiro” e ao mesmo tempo desprezar tão profundamente os símbolos da democracia: Correios, Itamaraty, Congresso, prefeituras. Até o terreirão do samba, lugar de diversão popular, foi destruído?

O que significa ter orgulho de ser brasileiro e querer melar a Copa do Mundo? Ou seja, depois de toda gastança construindo os estádios, na hora em que poderíamos ter o retorno a estes investimentos, com geração de milhares de empregos, impostos e promoção de imagem do país no mundo, a gente destrói tudo? Que palhaçada! Se houve superfaturamento, que se investigue os culpados e prenda-os, mas a Copa continua!

Enfim, tá tudo muito estranho, muito perigoso. A esperança agora é que a presidente Dilma seja líder e encontre a melhor maneira de restabelecer a ordem pública.

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