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terça-feira, 30 de abril de 2013

Vamos ver se esse vai bombar?!... ou vai pro purgatório do esquecimento também...

furo do UOL Noticias

Um megaesquema de corrupção com o objetivo de desviar dinheiro público, instalado na administração do município de Blumenau (130 km de Florianópolis), está sendo investigado pelo MPE (Ministério Público Estadual), em Santa Catarina. O grupo já teria desviado pelo menos R$ 100 milhões dos cofres públicos , valor equivalente a 7% do orçamento de 2012 da cidade.

Interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça mostram indícios de práticas criminosas como fraudes em licitações, contratação de funcionários fantasmas, desvio de recursos e equipamentos do poder municipal e uso de cargo público para o favorecimento de particulares. Os diálogos constam em investigação do MPE que gerou um documento de mais de 3.500 páginas ao qual o UOL teve acesso.

ENTENDA O ESQUEMA



O esquema, que teria começado em Blumenau em 2005, teria atuado também em pelo menos mais cinco cidades do Estado. Integrariam o grupo funcionários de carreira da Prefeitura de Blumenau, empresários que contratam com o poder público, vereadores, secretários municipais e até o ex-prefeito (2005-2012) João Paulo Kleinubing (PSD), que foi nomeado presidente do Badesc (Banco de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina) pelo governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), em fevereiro deste ano.

Procurados pela reportagem, todos os investigados negaram a participação no esquema ou não se pronunciaram.
Em 2012, o MPE obteve autorização da Justiça para interceptar ligações telefônicas de 28 suspeitos de participar do grupo. Entre abril e julho do ano passado, os promotores tiveram acesso a diálogos fruto de pelo menos 30 mil ligações telefônicas entre os supostos participantes do esquema.
No momento, promotores analisam centenas de documentos obtidos em dezembro do ano passado, após o cumprimento de 37 mandados de busca e apreensão em repartições públicas, empreiteiras e residências dos envolvidos, na chamada Operação Tapete Negro.
Para o MPE, os documentos revelam que a atuação da quadrilha vai desde o direcionamento de pequenas concorrências, como para a escolha de uma mecânica que faria o conserto de um automóvel por menos de R$ 800, até fraudes em licitações de obras públicas com custos milionários.
Pelas transcrições e indícios apurados, além do direcionamento e da fraude em contratações, os participantes do esquema utilizavam a máquina pública para promover favores a terceiros em períodos eleitorais, eram responsáveis pela contratação de funcionários fantasmas na administração direta de Blumenau e em uma companhia estatal e repassavam a particulares bens de propriedade da prefeitura, como matéria prima para fazer asfalto, material de construção e até doses de vacina contra a gripe A.
Para os promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), do MPE, a máfia instalada na administração de Blumenau extrapolou os limites do município do Vale do Itajaí e praticou crimes contra a administração pública em, no mínimo, mais cinco cidades catarinenses: Joinville, Timbó, Rio do Sul, Criciúma e Pomerode.
De acordo com as investigações, a principal forma utilizada pela quadrilha para lesar o patrimônio público foi o desvio de dinheiro por meio de obras superfaturadas e contratadas por meio de licitações fraudulentas. O esquema se daria principalmente em obras tocadas pela URB, ou Companhia de Urbanização de Blumenau.
Por conta de uma legislação municipal, a empresa pública tem a prerrogativa de contratar com o município por meio de dispensa de licitação, desde que comprove, mediante tomada de preços, que os orçamentos que apresenta são compatíveis com aqueles praticados pelo mercado.
A fraude, então, teria início na comparação de orçamentos, contando com a participação de empreiteiras privadas que apresentavam intencionalmente preços superiores aos oferecidos pela empresa estatal. Dessa maneira, a URB ganhava o direito de realizar a obra por um custo, aparentemente, mais baixo que os de seus concorrentes privados.
Na segunda parte da ação criminosa, sempre segundo o MPE, os participantes do esquema que trabalham na URB terceirizam as obras, sob a alegação de que a estatal não teria pessoal e estrutura suficientes para tocar os trabalhos integralmente. Para tanto, promoveram concorrências em que participam as mesmas empresas que haviam apresentado orçamentos mais caros do que a URB na tomada de preços inicial.
Neste momento, porém, as empreiteiras entregam propostas com valores consideravelmente inferiores aos que apresentaram na primeira tomada de preços e são contratadas. A diferença entre o que a prefeitura paga à estatal e o que esta repassa às empresas subcontratadas seria dividida entre os participantes do esquema.
As obras realizadas, em sua maioria, são de pavimentação de ruas, fato que motivou a escolha do nome da investigação do MPE que apura o caso --Operação Tapete Negro, em alusão à cor do asfalto.
Foi esse o esquema que primeiramente chegou ao conhecimento dos promotores, por meio de uma denúncia feita em 2006. A partir dela, o MPE apurou que existem dois grupos de empreiteiras que sistematicamente costumam concorrer e perder para a URB as obras da prefeitura. Essas mesmas empresas acabam posteriormente executando de fato as obras, por meio de subcontratações.
Estariam envolvidos neste tipo de fraude, além de empreiteiros, secretários municipais e funcionários da URB, incluindo Eduardo Jacomel, diretor-presidente da empresa de 2010 a 2012. O executivo, inclusive, é sócio oculto do empreiteiro Israel de Souza, proprietário de pelo menos três empresas que participam do esquema e que também pagariam propinas para vencer concorrências em outras cidades catarinenses. Procurado pela reportagem, Jacomel não respondeu aos pedidos de entrevista.
De acordo com as investigações, também aconteceriam fraudes em licitações em outras áreas da prefeitura, por meio de orçamentos forjados e conluio entre concorrentes.

2 - Desvio de equipamentos e materiais da prefeitura para particulares
As mesmas pessoas envolvidas nas fraudes das licitações seriam responsáveis pelo desvio de materiais e equipamentos públicos para as empreiteiras envolvidas no esquema. As interceptações telefônicas revelam conversas de executivos da URB combinando o repasse ilícito de asfalto, areia e outras matérias-primas para as construtoras privadas.
Além disso, são também emprestados a particulares, com prejuízo ao poder público, equipamentos como escavadeiras, caminhões e máquinas industriais pertencentes à prefeitura e à URB.
3 - Contratação de funcionários fantasmas e uso da máquina pública para fins eleitorais
Durante os meses de 2012 que precederam as eleições municipais para prefeito e vereadores (ocorrida em outubro), as escutas instaladas pelo MPE detectaram que candidatos a vereador com cargos na prefeitura, secretários municipais e até o ex-prefeito teriam feito uso da máquina pública em favor de candidaturas e interesses eleitorais.
Entre os atos delituosos praticados, estariam a contratação de funcionários sem concurso para que os mesmos trabalhassem em campanhas eleitorais, empréstimos de veículos da administração municipal para comitês de campanha, doação de bens da prefeitura e execução de obras públicas em troca de votos. 

Lixo gaúcho na mira da Polícia Federal

ARTIGO COMPLEMENTAR E MAIS DETALHADO QUE O ANTERIOR, SOBRE O MESMO TEMA


transcrito da pagina Mafia do Lixo

Nessa terça-feira, 29 de abril de 2013, a Polícia Federal (PF) prendeu 18 pessoas durante a Operação Concutare realizada nos municípios gaúchos de Caçapava do Sul, Canoas, Caxias do Sul, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, São Luiz Gonzaga e Taquara, e na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina.

A lista de presos é enorme. Tem um secretário estadual do Meio Ambiente do Governo do Rio Grande do Sul, dois ex-secretários estaduais da pasta estadual do Meio Ambiente gaúcho, um secretário municipal da Prefeitura de Porto Alegre, um ex-deputado estadual pelo RS, um chefe de gabinete de vereadora da capital gaúcha, diversos consultores ambientais privados, empresários, dois funcionários públicos pertencentes ao quadro da FEPAM-RS e um servidor federal do Departamento Nacional de Produção Mineral do Governo Federal.

As ordens para prisões e buscas e apreensões foram dadas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, porque um dos alvos, o então secretário estadual do Meio Ambiente do Governo do Rio Grande do Sul, Carlos Fernando Niedersberg, tinha foro privilegiado.

Dinheiro apreendido na Operação Concutare da PF no RS - Fonte - PFEm um dos trechos da decisão judicial em que foram decretadas as 18 prisões, consta que as informações “carreadas aos autos ilustram um ambiente de supremacia do poder econômico sem escrúpulos, na qual o interesse da sociedade, em especial o meio ambiente, encontra-se totalmente desguarnecido”.


Vejamos a lista de presos:

1)      Luiz Fernando Záchia (PMDB), secretário municipal do Meio Ambiente da Prefeitura de  Porto Alegre (já afastado), ex-vereador na Câmara Municipal de Porto Alegre, ex-deputado estadual gaúcho;
2)      Berfran Rosado (PPS), presidente do Instituto Biosenso de Sustentabilidade Ambiental, consultor MBA em Meio Ambiente, ex-secretário estadual do Meio Ambiente do Governo do Rio Grande do Sul, ex-deputado estadual gaúcho;
3)      Giancarlo Tusi Pinto (PPS), diretor no Instituto Biosenso de Sustentabilidade Ambiental e ex-secretário estadual do Governo do Rio Grande do Sul;
4)      Alberto Antônio Muller, servidor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM);
5)      Ricardo Sarres Pessoa, servidor da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler do Governo do Rio Grande do Sul;
6)       Lúcio Gonçalves da Silva Junior, consultor ambiental;
7)      Carlos Fernando Niedersberg (PCdoB), secretário estadual do Meio Ambiente do Governo do Rio Grande do Sul (já afastado), ex-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler do Governo do Rio Grande do Sul
8)      Élvio Alberto dos Santos, Supervisor de Gabinete Parlamentar da vereadora Any Ortiz (PPS) na Câmara Municipal de Porto Alegre;
9)      Mattos’Alem Roxo, servidor da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler do Governo do Rio Grande do Sul;
10)   Joel Machado Moreira, engenheiro ambiental da empresa Construcap;
11)   Vanderlei Antônio Padova, sócio na empresa Padova e Chedid Ltda, especializada em consultoria na área de geologia;
12)   Marcos Aurélio Chedid (PSD), sócio  da empresa Padova na Padova & Chedid Ltda, ex-secretário municipal de Preservação Ambiental da Prefeitura de Canoas, ex-presidente da Agência Reguladora de Serviços Delegados (AGR Canoas), vice-presidente estadual do Partido Social Democrata (PSD);
13)   Bruno José Muller, engenheiro de minas e sócio das empresas Erthal e Muller Consultoria Ambiental e Mineral Ltda e da Geodinâmica, Engenharia, Geologia e Meio Ambiente Ltda;
14)   Gilberto Pollnow, sócio da empresa Pollnow & Cia Ltda;
15)   Disraeli Donato Costa Beber, sócio na empresa Noroesthe Bioenergética S.A – Norobios;
16)   Paulo Régis Mônego, sócio da Mineração Mônego Ltda;
17)   Nei Renato Isoppo, empresário;
18)   Celso Rehbein, sócio da indústria de bebidas Celina Ltda.

Após 10 meses de investigação, a PF identificou diversas quadrilhas que atuavam na aceleração da liberação de licenças ambientais no Rio Grande do Sul, entre outras participações promíscuas. Uma rede de corrupção aliciava funcionários públicos para que requisitos legais fossem desconsiderados. Os setores de construção civil e mineração foram alguns dos segmentos beneficiados com as fraudes. Há outras áreas, entre elas o lixo.

Os presos devem ser indiciados por corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, além de crimes ambientais, conforme a participação individual de cada envolvido no esquema.

O Delgado Chefe da PF no Rio Grande do Sul afirmou, durante coletiva de imprensa, que o total de investigados pode chegar a 50 (cinquenta), e que está convocando 10 (dez) peritos ambientais de todo o País para avaliar documentos apreendidos durante o cumprimento dos 29 (vinte e nove) mandados busca e apreensão na Operação Concutare.

Da lista acima, Luiz Fernando Záchia (PMDB), Berfran Rosado (PPS), Marcos Aurélio Chedid (PSD) todos atuam fortemente na área de resíduos sólidos (LIXO) e mantém relações com as empresas privadas VEGA Engenharia Ambiental S/A e REVITA Engenharia Ambiental S/A, essas operando nos serviços de coleta de lixo (Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, S. Leopoldo, Rio Grande, entre outras cidades) e a última sócia em aterros sanitários no Rio Grande do Sul (Minas do Leão, S. Leopoldo e Giruá), cujos empreendimentos obtiveram licenciamento ambiental junto a FEPAM-RS.
O ex-deputado estadual Berfran Rosado (PPS) é velho conhecido da VEGA Engenharia Ambiental S/A.

O consultor ambiental Rosado teve a sua campanha eleitoral a deputado (Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul ) financiada pela empresa VEGA Engenharia Ambiental S/A, que pertence ao grupo SOLVÍ Participações S/A, dono também da REVITA Engenharia Ambiental S/A, essa última operando a coleta de lixo de Porto Alegre há quase 18 meses, por meio de contratos sem licitação pública, ditos por emergência.

Atualmente o ex-deputado estadual Berfran Rosado (PPS) é dono do Instituto Biosenso de Sustentabilidade Ambiental, que atua com resíduos sólidos e saneamento entre outras áreas.

Em 12 de julho de 2011, em um dos últimos eventos do Instituto Biosenso de Sustentabilidade Ambiental, Berfran Rosado formou parceria com a Prefeitura de Porto Alegre, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) que tinha por titular Fernando Zachia, tendo por meta a realização do Fórum Concertação Ambiental – Soluções Sustentáveis para Porto Alegre. Além de Berfran Rosado (PPS) e Fernando Zachia (PMDB), esteve presente o chefe do Executivo Municipal de Porto Alegre, o prefeito José Fortunati (PDT), que também atuou como palestrante nesse evento do Instituto Biosenso de Sustentabilidade Ambiental.

Em relação ainda a Berfran Rosado, há suspeitas de que ao prestar consultorias por meio do Instituto Biosenso Sustentabilidade Ambiental, agiria fazendo tráfico de influência por manter uma rede de relações em órgãos ambientais. Ao ser preso em Porto Alegre, Berfran mantinha em sua posse o montante de R$ 25 mil e de US$ 25 mil dentro de uma pasta.

Já o ex-secretário municipal de Preservação Ambiental da Prefeitura de Canoas, Marcos Aurélio Chedid (PSD), atual vice-presidente do PSD (partido do ex-prefeito Gilberto Kassab), foi indicado pelo ex-prefeito Marcos Ronchetti (PSDB)  para ser o titular da pasta do Meio Ambiente canoense.

Marcos Ronchetti (PSDB) teve a sua campanha eleitoral, quando concorreu ao cargo de prefeito de Canoas, o financiamento pela empresa VEGA Engenharia Ambiental S/A, do grupo SOLVÍ.

Chedid (PSD) atuou nos bastidores da campanha eleitoral para o cargo de prefeito no município de Porto Alegre em 2012. Chegou a encaminhar uma reunião entre um candidato a vice-prefeito de Porto Alegre e a empresa REVITA Ambiental. O objetivo era o financiamento de campanha.

Em 09 de janeiro de 2013, o PSD municipal de Porto Alegre, com a liderança do vice-presidente do diretório estadual, Marcos Aurélio Chedid, acenou positivamente para ingresso do partido no governo do prefeito José Fortunati (PDT), o que acabou não acontecendo.

Luiz Fernando Záchia (PMDB), então secretário da pasta de Meio Ambiente da Prefeitura de Porto Alegre, esteve no primeiro governo do prefeito José Fortunati em visita a LIMA no PERU.

Lá em LIMA no PERU. Zachia foi recepcionado pela alta cúpula das empresas REVITA Engenharia Ambiental S/A e RELIMA Ambiental S/A, que junto com a VEGA Engenharia Ambiental S/A pertencem ao portfólio do grupo SOLVÍ Participações S/A.

A justificativa da viagem a LIMA no PERU era para conhecer os serviços de limpeza urbana operados pela RELIMA. Ora, é inacreditável que isso tenha ocorrido, até porque existem centenas de outras cidades no Brasil que servem de parâmetro para a gestão do lixo de Porto Alegre. Como S. Paulo como afirmou o próprio prefeito Fortunati.

Com relação a viagem internacional do secretario municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre, Fernando Zachia, a LIMA no PERU, a Secretaria de Segurança Pública do Governo do Rio Grande do Sul, via a Delegacia Fazendária do DEIC, abriu um processo de investigação sigiloso, conforme correspondência desse órgão enviado ao vereador Comosseto (PT).

Mas não é somente Zachia investigado pela Secretaria de Segurança Pública do Governo do rio Grande do Sul. Empresas de lixo, ex-diretores de departamento de limpeza pública fazem parte da lista.

Por sua vez a empresa RELIMA está envolvida no famoso Caso COMUNICORE, em LIMA no PERU, que o leitor pode conhecer na íntegra acessando o site Máfia do Lixo.

Consta no despacho da prisão temporária de Fernando Zachia, que foi percebida na investigação “estreita relação dele com despachantes ambientais (…), inclusive com encaminhamento de vantagens ao secretário por ter encampado interesses privados no seio da administração municipal”.

Então o lixo faz parte do dia a dia desses três presos e investigados pela Polícia Federal. E com absoluta certeza a PF vai analisar profundamente o tema em questão.

Basta lembrar da existência da ação civil pública no. 1.12.0247801-9, onde nos autos do processo em questão revela a existência de um Procedimento Investigatório Criminal, instaurado pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, em 26 de dezembro de 2011, (proc. No. 00829. 00001/2011) cuja matéria trata de “apuração de irregularidades na contratação emergencial de empresa de coleta de lixo domiciliar em Porto Alegre (leia-se REVITA Engenharia Ambiental S/A), edital publicado em 28 de novembro de 2011, com possível formação de cartel, fraude a licitação, desvio de recursos públicos, formação de quadrilha, crime contra a ordem econômica, com reflexos em outras licitações e contratações relacionadas a coleta de lixo de Porto Alegre”.
Ou seja, Luiz Fernando Záchia (PMDB), Berfran Rosado (PPS)e Marcos Aurélio Chedid (PSD) que atuam fortemente na área de resíduos sólidos (LIXO), mantém íntimas ligações com a empresa investigada por “formação de cartel, fraude a licitação, desvio de recursos públicos, formação de quadrilha, crime contra a ordem econômica, com reflexos em outras licitações e contratações relacionadas a coleta de lixo de Porto Alegre”.

É um “prato cheio” de lixo para a Polícia Federal.

Mesmo no outono, para refrescar o dia, os leitores podem ler o Blog PICOLÉ DE LIXO e conhecer o que acontece no município de João Pessoa, na Paraíba, onde a empresa que financiou a campanha eleitoral do consultor ambiental Berfran Rosado, e que mantém íntimas relações com Fernando Zachia e Marcos Chedid, todos presos pela Polícia Federal na Operação Concutare, foi contratada sem licitação pública para operar a coleta de lixo da capital paraibana, com preço superfaturado é claro!!!

Falta disso por aqui... o bagulho aqui também é tenso...



Por Marco Aurélio Weissheimer, em seu blog
Ambientalistas não cansaram de denunciar nos últimos anos atropelos à legislação para acelerar a aprovação de obras e empreendimentos das mais variadas naturezas. Imaginava-se que a situação na gestão ambiental de Porto Alegre e do Estado estava cheia de problemas. Mas, se alguém dissesse que, numa determinada manha de segunda-feira, os secretários do Meio Ambiente da capital e do Estado seriam presos acusados de fraudar licenciamentos ambientais, provavelmente seria chamado de louco. Pois aconteceu. A notícia caiu como uma bomba na manhã desta segunda-feira chuvosa e cinzenta. Em uma ação conjunta com o Ministério Público Estadual, a Polícia Federal prendeu, na madrugada desta segunda (29), o secretário estadual do Meio Ambiente, Carlos Niedersberg, o secretário municipal do Meio Ambiente, Luiz Fernando Záchia, e o ex-secretário do Meio Ambiente, Berfran Rosado (os nomes foram divulgados inicialmente pelo jornal Zero Hora, em sua edição online).
Em nota oficial, a Polícia Federal anunciou que deflagrou a Operação Concutare com o objetivo de reprimir crimes ambientais, crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro. A operação, diz ainda a PF, iniciou em junho de 2012 e identificou um “grupo criminoso formado por servidores públicos, consultores ambientais e empresários”. Os investigados atuariam na “obtenção e na expedição de concessões ilegais de licenças ambientais e autorizações minerais junto aos órgãos de controle ambiental”.
Ainda segundo a mesma nota, cerca de 150 policiais federais participam da operação para executar 29 mandados de busca e apreensão e 18 mandados de prisão temporária expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. As ordens judiciais estão sendo cumpridas nos municípios de Porto Alegre, Taquara, Canoas, Pelotas, Caxias do Sul, Caçapava do Sul, Santa Cruz do Sul, São Luiz Gonzaga e também em Florianópolis. As investigações foram conduzidas pela Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e ao Patrimônio Histórico e pela Unidade de Desvios de Recursos Públicos da Polícia Federal no Rio Grande do Sul.
A operação foi batizada de Concutare, numa referência ao termo latino que significa concussão (segundo o Código Penal brasileiro: ato de exigir para si ou para outrem dinheiro ou vantagem em razão da função, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. Os investigados, anunciou ainda a Polícia Federal, serão indiciados por “corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, crimes ambientais e lavagem de dinheiro, conforme a participação individual.”
As consequências políticas da Operação Concutare foram imediatas. De Tel Aviv, onde cumpre missão oficial, o governador do Estado, Tarso Genro, anunciou o afastamento de Carlos Niedersberg. O mesmo fez o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati.
Operação Moeda Verde
A Operação Concutare lembra outra operação desencadeada pela Polícia Federal também na área ambiental. Em maio de 2007, a PF desencadeou em Florianópolis a Operação Moeda Verde, que teve como alvo um esquema de venda de leis e atos administrativos de conteúdo ambiental e urbanístico em favor da construção de grandes empreendimentos imobiliários na ilha de Santa Catarina. Naquela época, a Justiça Federal expediu 22 mandados de prisão temporária contra políticos, empresários e funcionários públicos de Florianópolis acusados de negociar licenças ambientais. A Operação Moeda Verde investigou a ocorrência de crimes contra a ordem tributária, falsificação de documentos, uso de documentos falsos, formação de quadrilha, corrupção e tráfico de influência.
O alvo inicial da Polícia Federal era um empreendimento em Jurerê Internacional, localizado no norte da ilha. A partir daí, as investigações conduziram os policiais para pelo menos outros três empreendimentos de grande porte construídos em áreas de marinha, mangues e restingas, o que é proibido pela legislação. Segundo a PF, todos tinham sido licenciados de forma irregular através de “vantagens devidas”, que incluíam o pagamento de valores em espécie, troca de favores entre órgãos públicos e uso de carros.
Seis anos depois, uma operação similar sacode agora a área ambiental no Rio Grande do Sul. Será uma ótima oportunidade não só de averiguar como anda a administração pública nesta área, mas também de conhecer quem são as empresas dispostas a corromper funcionários públicos para “agilizar” a concessão de licenciamentos ambientais. A explosão imobiliária nas grandes cidades brasileiras costuma ser marcada por uma falta de transparência quanto aos processos de licenciamento ambiental necessários para a autorização de obras. Em Porto Alegre, por exemplo, o aumento do número de condomínios de luxo na zona sul, em áreas próximas de morros (ou mesmo invadindo morros) e do Guaíba envolve a aprovação de muitas licenças ambientais. O mesmo se aplica à gestão ambiental nas áreas estadual e federal.
O que significa flexibilizar a legislação ambiental?
Será uma boa oportunidade também para testar os argumentos dos defensores da necessidade de flexibilizar a legislação ambiental e agilizar os processos de licenciamento. Debates recentes envolvendo mudanças no Código Florestal, liberação de transgênicos, de agrotóxicos e de grandes obras são marcados por uma lógica argumentativa que, espremida, revela-se impregnada de irracionalidade. Uma impregnação que se espraia por boa parte do espectro político, reunindo direita e esquerda em torno de muitas posições.
A argumentação utilizada por esses setores começa sempre afirmando, é claro, a importância de proteger o meio ambiente para, logo em seguida colocar um senão: não podemos ser radicais nesta questão, precisamos gerar renda e emprego, desenvolver o país, etc. e tal. É curioso e mesmo paradoxal que essa argumentação apele para um bom senso mítico que seria sempre o resultado de uma média matemática entre dois extremos. Você quer 2, ele quer 10, logo o bom senso nos diz para dar 6. Esse cálculo infantil pode funcionar para muitas coisas, mas certamente não serve para buscar respostas à destruição ambiental do planeta, que não cessa de aumentar.
É curioso também, mas não paradoxal neste caso, que a argumentação utilizada pelos defensores do “desenvolvimento” seja sempre a mesma, com algumas variações. Supostamente recoberta por um bom senso capaz de conciliar desenvolvimento com proteção do meio ambiente (combinação que até hoje tem sido usada para justificar toda sorte de crimes ambientais), essa argumentação, na verdade, é atravessada por falácias e por uma irracionalidade profunda, na medida em que, em última instância, volta-se contra o futuro da própria espécie humana.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

O que está por vir...




por Militante, comentarista do blog do Nassif


Não se preocupe, Andy. O mais provável é que você não esteja aqui para ver o fim do capitalismo. Neste ponto, posso mesmo te tranquilizar. O que sucederá ao neoliberalismo muito provavelmente não será o socialismo, e sim a barbárie fascista. 

O planeta, caso você ainda não tenha se dado ao trabalho de observar, é finito. Seus recursos - não só a energia - estão simplesmente se esgotando. A acumulação capitalista - o motor do sistema - tornar-se-á progressivamente mais difícil, mesmo que se intensifique a despossessão das classes subalternas em todo o mundo. Podem desmontar as fábricas na China e levá-las para o Congo ou para o Níger, restabelecer a escravidão por dívida, façam o que quiserem.
Sabemos que o pior está por vir. Os EUA estão se transformando rapidamente no Estado mais obscuro e mais aterrador que jamais existiu. O que restava das liberdades individuais no país explodiu juntamente com as bombas de Boston. O país responde sozinho por 43% das despesas militares do planeta. A China, por comparação, responde por 7%. É claro que esse poderio não irá repousar nos arsenais para sempre. O complexo industrial-militar que aterrorizava Eisenhower em seu tempo hoje é definitivamente incontrolável. Ainda veremos revoadas de drones assassinando paquistaneses, afegãos e em breve sírios, iranianos, eritreus, congoleses, berberes e quantos povos mais tiverem a infelicidade de viver sobre os recursos que restarem, ou oferecer qualquer obstáculo ao avanço imperial sobre estes. A doutrina da guerra sem fim se mostrará, cada vez mais, em sua verdadeira e horrenda grandeza.
Felizmente, Ho Chi Minh nos ensinou que os impérios podem ser muito poderosos, mas não são imbatíveis. Muitos de nós pereceremos na longa noite que se avizinha. Mas não tenha dúvida: a Humanidade resistirá e vencerá o fascismo novamente. Um outro mundo, onde o homem seja amigo do homem, é possível, necessário e inexorável. Ou bem o alcançaremos, ou teremos falhado como espécie digna de permanecer neste planeta.

domingo, 28 de abril de 2013

O lixão de Indaial


Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC

Foi confirmada em segundo grau a sentença obtida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que determinou ao município de Indaial a recuperação de uma área de três hectares utilizada por mais de onze anos como lixão sem qualquer licença ambiental.

Na ação, a 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Indaial expôs que por mais de onze anos, sem licença dos órgãos ambientais, a prefeitura de Indaial depositou diariamente cerca de três toneladas de lixo - inclusive resíduo industrial e hospitalar - no local, no qual não há qualquer tipo de tratamento de solo ou de resíduos sólidos.

Afirmou o MPSC, ainda, que perto do local existe um pequeno riacho, o Ribeirão da Mulde, para o qual correm resíduos líquidos resultantes da decomposição do lixo orgânico, poluindo mananciais de água da região. Acrescenta que o solo, sem tratamento, absorve os resíduos, contaminando o lençol freático, e que a decomposição dos dejetos exala mau cheiro, além de se tornar foco transmissor de doenças.

Em audiência judicial, o município de Indaial concordou com a necessidade de recuperação do local, informando que, inclusive, já havia contratado empresa para realizar a obra. Em seguida, foi proferida a sentença, determinado a obrigação de recuperar o local - já admitida pelo Poder Público - e fixando prazo de 90 dias para o início dos trabalhos e multa diária de R$ 500 para o caso de descumprimento da decisão.

Apesar de ter concordado com a necessidade da recuperação da área na audiência judicial, o município apelou da sentença ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que, por decisão unânime da Terceira Câmara de Direito Público, negou provimento ao recurso, considerando, inclusive, a conduta do município incompatível com a boa-fé e a lealdade processual. A decisão é passível de recurso.

sábado, 27 de abril de 2013

Porque hoje é sábado!... Esse é dos meus...




Só não faço um assim pra mim porque não tenho espaço para mais um trem desses na minha apertada oficina, mas ai em baixo os prezados leitores podem ver um tear de madeira que fiz na semana passada...


As guias do quadro de Liça são de bambu

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Água não é pra qualquer um!...





professor Hariovaldo, em seu blog


A necessidade didática da privatização da água acaba de ser brilhantemente defendida pelo grande empresário do ramo alimentício Peter Brabeck-Letmathe, que já atua na área em algumas cidades, onde a riqueza líquida já está sendo corretamente mensurada, para que se evite desperdício, gastando-a com pessoas desnecessárias. 

Felizmente, esse é o futuro inevitável, em se tratando do precioso recurso natural, posto que é finito.
Corajoso por dizer a verdade, Peter, afirma com todas as letras o que nós, os homens bons, já sabemos, a água não é um direito e todos devem pagar por ela, principalmente a gentalha. Por conseguinte, o líquido vital deverá ser entregue às companhias dos homens de bem, para que as mesmas administre as cobranças de direito, auferindo os lucros correspondentes, afim de que didaticamente o povo aprenda o valor da vida. 

Toda pessoa pagará milimetricamente pelo que consumir, além do que lhe couber no cálculo do índice pluviométrico per capita, a cada chuva, para que assim haja justiça e equidade nas cobranças, sendo que os custos das garrafas de água Evian, Aqua Lucerna e Perrier poderão ser abatidas no total a pagar, dando direito inclusive a restituição do que foi consumido a mais em água importada, uma medida salutar.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Lixo sob a lupa do Ministério Público



pescado no Folha Vitória

Já nas primeiras horas do XIII Congresso Brasileiro do Ministério Público do Meio Ambiente, que acontece em Vitória (ES), procuradores e promotores de todo o Brasil anunciaram que a partir de hoje se posicionarão completamente contra a incineração de lixo. A pauta foi levantada na reunião do Conselho de Coordenadores dos Centros de Apoio de Meio Ambiente (Concauma) e a decisão foi unânime entre representantes dos 23 estados brasileiros presentes.
De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), o promotor de Justiça do Maranhão Fernando Barreto Júnior, o próximo passo será o questionamento de todos os empreendimentos que busquem este tipo de destinação final para o lixo. Barreto também afirma que a incineração está na contramão da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
“É um ato poluente e não poderá ser usado pelos municípios como uma das alternativas na tentativa de erradicação dos lixões. Sabemos que muitas prefeituras ainda não estão trabalhando como deveriam para cumprir a Lei, que entre outros pontos, determina a recuperação das áreas degradadas pelos lixões até agosto de 2014. Não vamos permitir que soluções aparentemente fáceis, mas de alto impacto ambiental, sejam um atalho”, ressalta Barreto.
Congresso
Promovido pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), a décima terceira edição do Congresso Brasileiro do Ministério Público do Meio Ambiente tem como tema “Ministério Público e Direitos Fundamentais – Governança Ambiental e Sustentabilidade.”
Trata-se do mais importante fórum de discussões do Ministério Público brasileiro voltado à defesa e conservação do meio ambiente, motivo pelo qual foram convidados renomados juristas e defensores da causa ambiental discorrer sobre suas experiências no âmbito do direito e unificar a atuação do MP nos temas debatidos.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Mais uma estória porcamente mal contada




Mark Snyder, no The American Dream (NT - 1)

(tradução deste blog botocudo) 

Será que algum dia saberemos a verdade sobre o Atentado da Maratona de Boston?... Pessoalmente, eu tenho pensado sobre este ataque durante todos esses dias, mas continuo com mais perguntas do que respostas. Até agora, honestamente não tenho idéia do que realmente aconteceu: Porque haveria um exercício de ameaça bomba a ser realizada exatamente naquele dia?... Por que as autoridades negaram que exercício de ameaça bomba estava acontecendo?... Tamerlan e Dzhokhar Tsarnaev agiram sozinhos?... Qual era a natureza dos contatos anteriores desses dois com o FBI e outras agências federais?... Por que o FBI num primeiro momento negou que tinha estado em contacto com os irmãos Tsarnaev anteriormente?... Por que a investigação de um misterioso saudita com ligações familiares com a Al-Qaeda de repente, desapareceu da pauta pouco depois de o embaixador saudita realizou uma reunião não programada com Barack Obama?... Por que Michelle Obama, posteriormente, teria ido visitar aquele misterioso saudita no hospital?... 

Se você está à procura de respostas para estas perguntas, eu tenho certeza que não vai tê-las. Mas o que me assusta é que mesmo a grande mídia parece ter medo de fazer qualquer uma das perguntas difíceis que possam aparecer. A mídia alinhada parece engolir com anzol, linha e chumbada o que as autoridades lhes informa sem questionamento de qualquer das natureza, que neste caso, simplesmente não parecem fazer qualquer sentido.

Então, que tipo de perguntas deveriam ser feitas?... A seguir, 17 perguntas não respondidas sobre o Atentado da Maratona de Boston que a mídia parece ter medo de perguntar:

# 1 - Por que foi dito a alguns competidores da maratona que haveria um exercício do esquadrão anti-bombas durante a competição?... de acordo com o artigo da Natural News: [ http://www.naturalnews.com/039945_Boston_marathon_bomb_drill_Alastair_Stevenson.html ]

Alastair Stevenson é maratonista veterano que já competiu em dezenas de maratonas no mundo todo, incluindo a Maratona de Londres. Está perfeitamente familiarizado com a segurança tipicamente encontradas em maratonas, mas imediatamente notou algo estranho na a maratona de Boston em questõesde segurança.

"Eles ficavam fazendo anúncios no alto falante que era apenas um exercício e não havia nada para se preocupar. Parecia que havia algum tipo de ameaça, mas eles continuaram dizendo que era apenas um treinamento", de acordo com que declarou no Local15TV.com. [ http://www.local15tv.com/news/local/story/UM-Coach-Bomb-Sniffing-Dogs-Spotters-on-Roofs/BrirjAzFPUKKN8z6eSDJEA.cspx ]

Na entrevista, pode-se ouvir Stevenson dizer:

"No início do competição, na concentração dos atletas, havia pessoas no telhado olhando e vigiando. Havia cães farejadores com seus guias em busca de explosivos, e foi-nos dito claramente de que não deveríamos nos preocupar, que era apenas um exercício. E talvez fosse apenas treinamento, pois eu nunca tinha visto nada parecido com isso - não em qualquer outra maratona que eu já estivesse estado. Sabe?... ai foi que me preocupei, pois que essa foi a primeira corrida que eu já vi na minha vida onde tinham cães farejadores para explosivos, e foi o único lugar onde “realmente” houve explosões."

# 2 - Por que as autoridades negaram que um exercício anti bomba estava sendo realizado?

# 3  - De acordo com o The Mirror da Inglaterra, o FBI estava declaradamente numa operação de "caça" a 12  perigosos terroristas de uma “célula adormecida”, da qual  Tamerlan e Dzhokhar Tsarnaev supostamente fariam parte.  [ http://www.mirror.co.uk/news/world-news/boston-bombers-fbi-hunting-12-strong-1844844#.UXM54Yqm6hA.twitter%23ixzz2R70hoYA4 ]

Uma fonte próxima à investigação disse: "Nós não temos nenhuma dúvida, os irmãos não estavam agindo sozinhos. Os dispositivos usados ​​para detonar duas bombas foram altamente sofisticado e não é o tipo de coisa que as pessoas aprendem no Google" (NT -2).

"Eram muito avançados [SIC]. Alguém forneceu as técnicas aos irmãos e agora é nosso trabalho descobrir exatamente quem eram estes. Agentes do FBI acreditam que essa célula adormecida tem até uma dúzia de membros e tiveram que esperar vários anos para que  seu dia chegasse."

Então, se for esse o caso, por que as autoridades de Boston inflexivelmente insistem agora que os dois irmãos agiram sozinhos?...

# 4 - CBS News imformou que o FBI interrogou Tamerlan Tsarnaev já no ano de 2011.  A mãe dos dois irmãos Tsarnaev afirma que o FBI tinha estado em contacto com eles há quase cinco anos. Na primeira hora o FBI negou qualquer contato prévio com os dois suspeitos. Será que algum dia saberemos o verdadeiro alcance da relação anterior entre o FBI e os irmãos Tsarnaev?... [ http://boston.cbslocal.com/2013/04/20/cbs-news-fbi-interviewed-tamerlan-tsarnaev-2-years-ago/ ]

# 5 - Debka  informa que os irmãos Tsarnaev eram "agentes duplos" que tinham sido "contratados pelos serviços de inteligência dos EUA e da Arábia Saudita para penetrar nas redes jihadistas Wahhabi, que, financiados por instituições financeiras sauditas, tinha se espalhado em todo Cáucaso russo ". Isso poderia ser real?... Se assim for, será que o povo americano será informado da verdade sobre esses envolvimentos?
http://debka.com/article/22914/The-Tsarnaev-brothers-were-double-agents-who-decoyed-US-into-terror-trap  ]

# 6 - De acordo com o tio,  havia "mentores" que "radicalizaram" os irmãos Tsarnaev. Então exatamente quem eram esses "mentores"? [ http://www.today.com/news/uncle-mentors-radicalized-older-boston-bombing-suspect-6C9529666  ]

# 7 - O que aconteceu durante a viagem de Tamerlan Tsarnaev para Daguestão e Chechênia no ano passado? [ http://www.businessinsider.com/tamerlan-tsarnaevs-trip-to-dagestan-2013-4 ]

# 8 - Os irmãos Tsarnaev tiveram contato com um líder rebelde chamado Doku Umarov, conhecido como "Bin Laden da Rússia"?... [http://www.dailymail.co.uk/news/article-2312331/Was-Boston-bomber-inspired-Doku-Umarov-Mother-claims-FBI-tracked-older-brother-years-told-Moscow-links-Chechen-terrorists.html ]

# 9 - Foi Tamerlan Tsarnaev que postou um vídeo no YouTube no ano passado, que expressa a crença de que o 12 º imã, Mahdi, ressurgirá com um exército islâmico com bandeiras pretas de uma província no Irã conhecida como Khorasan?  [http://www.youtube.com/watch?v=uJknGtKV34I ]

# 10 - Por que não estamos sendo informados de que as "bombas de panela de pressão" usados ​​nos ataques da Maratona de Boston é muito semelhante ao tipo de bombas de panela de pressão que são comumente usados ​​no Oriente Médio?... [http://www.thedailybeast.com/articles/2013/04/16/al-qaeda-s-recipe-for-pressure-cooker-bombs.html ]

The Daily Beast confirmou com agentes dos EUA que as bombas colocadas segunda-feira na maratona foram feitos a partir de panelas de pressão, um tipo grosseiro de artefato explosivo usasdo por insurgentes no Paquistão e no Afeganistão. O modelo para uma bomba que usa a panela de pressão foi parte da edição de estréia da “Inspire”, revista online da Al Qaeda em inglês da Península Arábica.

# 11  - Inicialmente foi-nos dito que o cidadão de nacionalidade saudita Ali Abdulrahman Alharbi era uma "pessoa de interesse" no caso. Mas agora ele está programado para deixar o país com a bênção total do governo dos EUA. Por que há tanta pressa para tirá-lo dos Estados Unidos?... [ http://www.theglobaldispatch.com/abdul-rahman-ali-alharbi-person-of-interest-in-boston-bombing-still-set-to-be-deported-on-tuesday-93084/]

# 12 - Por que não fomos informados de que Ali Abdulrahman Alharbi foi fotografado com outros dois sauditas nas imediações da Maratona de Boston?... [ http://shoebat.com/2013/04/17/innocent-saudi-spotted-with-two-other-saudis-at-marathon/ ]

#13 - Por que não estamos sendo informados das ligações familiares de Ali Abdulrahman Alharbi tem com membros conhecidos da al-Qaeda?




[...]


# 14 - Por que o secretário de Estado John Kerry EUA teve uma reunião privada (dia 16 de abril)  com a chanceler saudita logo após Ali Abdulrahman Alharbi ter sido identificado como um suspeito em potencial? [ http://news.investors.com/ibd-editorials/041813-652517-boston-bombing-timeline-suggests-obama-saudi-coverup.htm ]

# 15 - Por que Barack Obama realizará uma reunião não programada com o embaixador da Arábia Saudita logo após Ali Abdulrahman Alharbi foi identificado como um suspeito em potencial?... [ http://news.yahoo.com/obama-meets-saudi-foreign-minister-discusses-syria-222943974.html ]

# 16 - Por que Michelle Obama visita Ali Abdulrahman Alharbi no hospital?... [ http://www.wnd.com/2013/04/saudi-paper-michelle-o-visited-person-of-interest/ ]

# 17 - Por que muitos meios de comunicação tradicionais sugerem abertamente que "extremistas de direita" estavam por trás dos atentados no rescaldo do ataque?... [ http://www.breitbart.com/Big-Journalism/2013/04/15/CNN-National-Security-Analyst-Right-Wing-Extremists-Could-Be-Behind-Bombing ]



NOTAS DO TRADUTOR:

(1) Coloquei diversos links direcionando para as assertivas no texto, pra ninguém dizer que o autor está inventando coisas,  mas no artigo original há muitos mais.

(2) Para fazer uma bomba com panela de pressão, pólvora e pregos ninguém tem necessidade de Google.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Energia Solar fotovoltaica: crise ou evolução natural?



por Clarice Ferraz, no Blog Infopetro

A indústria solar fotovoltaica chinesa voltou a ganhar destaque nas últimas semanas. Entretanto, ao contrário das notícias de expansão e conquistas de mercados externos (com acusações de práticas de dumping relacionadas à falência de empresas alemãs e americanas) a que estávamos acostumados até 2011, dessa vez, é a falência da chinesa Suntech Power, líder mundial de fabricação de painéis fotovoltaicos, que está em foco. O fato chama atenção para toda a indústria que está passando por profunda crise.
Em realidade ela já dava sinais de que não estava indo muito bem. No ano passado, Siemens havia anunciado o adiamento de seus planos em investir em uma nova planta de produção de painéis de filmes finos e, esse ano, Bosch se retirou do mercado.  Mais recentemente foi Meyer Burger, o fabricante suíço de máquinas de cortar silício (principal tecnologia empregada hoje para a fabricação dos painéis), que revelou grandes perdas (redução de 50% de suas vendas em 2012[1]).
O solar fotovoltaico era visto como uma das soluções para aumentar a oferta de eletricidade, respeitando as restrições de emissões poluentes e demais problemas associados à geração de eletricidade de origem fóssil. O forte declínio desses grandes atores levanta uma série de questionamentos sobre o futuro da indústria e até mesmo sobre a inserção da tecnologia nos setores elétricos.
Alguns especialistas acreditam que esse seja um movimento natural de consolidação da indústria, como veremos com mais detalhe a seguir, e outros, como o The Economist[2], são mais pessimistas e alegam que o problema é mais grave do que parece porque os  debt-to-equity ratios das empresas da indústria solar fotovoltaica chinesa, líder mundial do setor, é de aproximadamente 80% contra a média de 50% encontrada a nível global. A revista britânica afirma ainda que a quase totalidade das empresas chinesas está tendo prejuízo.
No entanto, nos parece que o argumento escolhido, assim como as empresas que estão falindo, é obsoleto.  Apesar do predomínio chinês, o mercado fotovoltaico é global. Se a indústria passa por forte crise, isso não significa necessariamente que a tecnologia tenha perdido relevância ou que não haja mercado para absorvê-la. Umas das próprias fontes citadas na matéria revela que umas das causas dos problemas financeiros dos grandes atores do setor se encontra no rápido avanço da tecnologia que faz com que as plantas se tornem obsoletas muito rapidamente.
O modelo de desenvolvimento que possibilitou o rápido crescimento do setor se baseou fortemente nas subvenções oferecidas por diversos países europeus. Porém, esse modelo se mostrou insustentável na ausência das subvenções estatais. Até 2008, os produtores apostaram que os governos continuariam subvencionando fortemente as atividades do setor e produziram além da demanda do mercado.
Em 2012, a capacidade mundial de produção de painéis solares atingiu 60 GW enquanto a demanda era estimada em 33 GW, de acordo com Matthias Fawer, analista em desenvolvimento sustentável no banco Sarasin. Essa situação forçou os produtores a venderem por preços inferiores aos seus custos de produção (Le Temps, 28 março de 2013). Assim, os baixos preços dos painéis não foram alcançados graças à adoção de uma dinâmica positiva de ganhos de eficiência. Eles foram, em grande parte, fruto de subvenções e práticas agressivas de dumping de empresas que esperavam ganhar mercados e criar grandes barreiras para os novos entrantes.
Todavia, como é sabido, o diagnóstico otimista dos produtores não se confirmou. A crise econômica mundial mudou drasticamente o cenário, como ilustra o caso espanhol que veremos a seguir. François Gabella, diretor de LEM[3], também afetada pelo problema ao ser questionado pelo periódico suíço Le Temps (3.04.2013)[4] apresentou esse mesmo diagnóstico. Ele considera que o mercado está agora altamente saturado e que se criou uma bolha industrial. Enquanto o nível da demanda não se recupera, para ele é normal que haja destruição de capacidade de produção. O saneamento do mercado ainda levará algum tempo, e provavelmente contará com o desaparecimento de alguns atores , mas é salutar e faz parte da consolidação da indústria. Apresenta portanto um diagnóstico otimista, contrário ao apresentado pelo The Economist.
Para ajudar nossa compreensão sobre o estágio em que se encontra a indústria fotovoltaica atualmente, nos apoiamos em uma reflexão apresentada por Eduardo Lorenzo Pigueiras, em seminário ministrado na Universidade de Genebra no dia 1° de novembro de 2012. Para o pesquisador do Instituto de Energia Solar da Universidade Politecnica de Madrid, a indústria fotovoltaica se encontra efetivamente em transição, mas essas podem assumir trajetórias distintas. Podem ser lentas ou rápidas. As primeiras evoluem em um contexto onde o feedback mantém o sistema sob controle, as projeções temporais conseguem enxergar para onde ela evolui e não há sobressaltos. Já no caso das transições rápidas, é basicamente o inverso que acontece, como ilustram seus gráficos que apresentamos a seguir.
Figura 1 – Transição lenta:
clarice042013a
Nota: état actuel : estado atual; état suivant: estado seguinte; temps: tempo
Figura 2 – Transição rápida:
clarice042013b
Nesse sentido, a indústria solar fotovoltaica representaria um caso típico de transição rápida onde os sobressaltos acontecem com frequência. Na ocasião de seminário, o pesquisador ilustrou seu propósito com a apresentação do caso espanhol (gráfico abaixo).
Gráfico 1 – O paradigma espanhol : evolução da capacidade instalada de eletricidade fotovoltaica
clarice042013c
Fonte: Pigueiras, E. L., apresentado em les Conférences du jeudi do Grupo de Energia da Univerdade de Genebra, disponível emhttp://www.unige.ch/energie/forel/energie/colconf/seminaires.html
Se analisamos estudos demográficos e cenários de oferta e demanda de energia para os próximos anos encontramos fortes tendências de urbanização e aumento da dependência elétrica das sociedades. Nesse contexto, a geração de eletricidade solar fotovoltaica continua sendo uma das tecnologias que melhor atende às necessidades futuras. Assim como o caso espanhol apresentado por Pigueiras em Genebra, o que acontece atualmente na China representaria um novo sobressalto na indústria solar fotovoltaica.
Na ótica schumpteriana crises tem frutos positivos. No caso da crise da indústria fotovoltaica, podemos tirar lições sobre os instrumentos regulatórios a evitar e sobre como criar mercados mais sustentáveis. Os marcos regulatórios devem ser flexíveis e dinâmicos suficientes para que as indústrias não sejam protegidas de sobremaneira e para que haja incitação à inovação e à concorrência. Visto que existe um mercado para essa tecnologia, os entrepreneurs da indústria provavelmente saberão encontrar uma estratégia para seus produtos. Em conclusão, a indústria solar fotovoltaica de amanhã terá muito provavelmente novos atores e uma nova estrutura. Não é porque não conseguimos enxergar com clareza para onde ela está indo que ela se encontra condenada.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Vão tungar!... it's the oil stupids!...



por Alan Souza, comentarista do blog do Nassif

Henrique Capriles foi eleito em 2012 governador do Estado Miranda, na Venezuela. Venceu por uma diferença de 47 mil votos. Ninguém alegou fraude, ninguém pediu recontagem de votos, ninguém questionou a legitimidade da sua vitória.
Quatro meses depois Nicolás Maduro vence Capriles na eleição presidencial por 262 mil votos de diferença. Mídia mundial acusa a eleição de fraudulenta, EUA e OEA questionam a legitimidade da vitória de Maduro, e pedem recontagem de votos.
Falando em EUA: Em 2000 George Bush foi eleito presidente dos EUA ao vencer a eleição na Flórida por uma vantagem de 900 votos sobre Al Gore. Gore pediu uma recontagem dos votos e a Suprema Corte dos EUA negou o pedido: decidiu que era mais importante cumprir os prazos eleitorais do que garantir uma recontagem de votos e a lisura do pleito.
Bush foi eleito presidente dos EUA sem ter o voto da maioria da população - teve 543 mil votos a menos que Al Gore, o derrotado, algo que não ocorria desde 1888. 
E agora os EUA, que não recontaram seus votos por conta de uma diferença de 900 votos, por achar que os prazos eleitorais são mais importantes, querem que a Venezuela reconte os votos, por causa de uma diferença de 262 mil votos.

sábado, 13 de abril de 2013

E agora?... Ding Dong The Witch is Dead!

pescado no Diário do Centro do Mundo

Ativistas anti-Thatcher levaram ‘A Bruxa Morreu’ ao número 1, e a BBC sofre pressão para não tocá-la na tradicional parada de domingo.




Liberdade de expressão é uma coisa realmente complicada: é mais fácil falar dela do que praticá-la. Um episódio mostra isso exatamente neste momento, no país que supostamente é o berço da liberdade de expressão.

No meio de uma controvérsia que se espalhou toda a mídia britânica, está a venerada BBC.

O que aconteceu?...: ativistas deflagraram uma campanha para comprar uma música anti-Thatcher para levá-la ao topo das paradas. A música é do Mágico de Oz, e se chama “Ding Dong The Witch is Dead!”. (Dim Dom A Bruxa Morreu!).

Objetivo alcançado. Neste momento em que escrevo, é a número 1 na Inglaterra. E é aí que entra a BBC com seu excruciante dilema. Tradicionalmente, aos domingos, a principal rádio da BBC, a 1, toca as músicas mais vendidas, a conhecida parada de sucessos. A questão que se ergueu barulhentamente: a BBC deveria tocar o hino anti-Thatcher, a três dias de seu funeral?

Os comentaristas conservadores da mídia saíram gritando que não. Que isso seria desrespeito com uma pessoa que sequer foi enterrada. Mas um momento: isso é censura, ou não?

É o entendimento da chamada voz rouca das ruas. Numa enquete no Guardian, quase 90% das pessoas disseram que sim, a rádio tinha que tocar a canção.

E a BBC, que fez? Encontrou uma solução que foi a seguinte: subiu no muro. Não vai censurar a música, ao contrário do clamor conservador. Mas tampouco vai tocá-la inteira: decidiu dar, na parada de domingo, um fragmento de 4 ou 5 segundos.

O que parece claro, passados alguns dias da morte de Thatcher, é que a elite política e jornalística inglesa não tinha a menor ideia de quanto a Dama de Ferro era detestada. É uma demonstração espetacular de miopia e de desconexão com as pessoas.

A Inglaterra vive hoje não apenas uma crise econômica que não cede há anos, mas uma situação dramática de desigualdade que levou aos célebres riots – quebra-quebras — de Londres há pouco mais de um ano. Qual a origem da crise e da desigualdade? Thatcher, é claro.

O real legado de um governante se vê depois que ele se foi. As desregulamentações, as privatizações e os cortes em gastos sociais de Thatcher, passados 30 anos, resultaram num país em que as pessoas têm um padrão de vida inferior ao que tiveram.

Como imaginar que as pessoas ficariam tristes com sua morte?