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segunda-feira, 25 de março de 2013

De volta ao Humanismo


Por Zuleica Jorgensen, comentando no blog do Nassif

O novo, a meu ver, só poderá nascer de uma educação humanista, voltada principalmente para valores como solidariedade, respeito ao outro, respeito às diferenças e ao valor do coletivo. A educação que temos hoje, voltada para o sucesso individual, para passar nos vestibulares e enems, sem dar aos alunos a perspectiva da necessidade do coletivo, de construção conjunta de um país, só poderá levar à frustração.
Grandes nações no mundo vivem hoje um progresso científico e tecnológico fantásticos, convivendo com uma pobreza humanística assustadora, um egoísmo em níveis de tal maneira elevados, que praticamente inviabilizam a vida em sociedade. A ganância dos donos de grupos financeiros transcontinentais, as políticas de austeridade e arrocho e de permanente salvamento de bancos em detrimento da vida de milhões de seres humanos, nos levam hoje ao patamar de maior desenvolvimento científico com a maioria dos indivíduos alijados dos bens da vida que advêm desse desenvolvimento.
A mudança de direção, com a colocação do homem como beneficiário maior dos bens que o planeta põe à nossa disposição, não virá através de um insight planetário, mas de uma escola que altere totalmente seus padrões atuais de mera reprodução do que sempre foi. É de pequeno que se torce o pepino, diz o ditado popular. Só uma nova escola, com nova atuação e a partir de novos valores poderá alcançar objetivos diferentes. Esse, a meu ver o único caminho sustentável (ô palavrinha!!!) para uma vida melhor do homem, no futuro.
Esse é o grande desafio.

Um comentário:

  1. Eu diria: do relacionamento entre o individual e o coletivo. Muita gente acha é possível cada um cuide da sua vidinha enquanto os "coletivos" (Estado, Mercado) resolvem os grandes problemas.

    O movimento browniano do coletivo é conseqüência de cada ato individual e para esse movimento acontecer na direção certa é preciso que os indivíduos lembrem-se disso em seus atos.

    Desvalorizar o indivíduo pura e simplesmente não alcança o resultado desejado. As sociedades que tentaram isto acabaram adorando caixões de vidro com gente empalhada dentro.

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