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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Teuto-brasilerios durante os anos 1930 e 1940


Documentário interessante para ser visto no feriadão. Embora relativamente longo (52 minutos) é bem produzido, apesar do alemão dos narradores ser de brasileiros que o aprenderam depois – há pequenas incorreções e um sotaque que não é natural.

Mas o tema é relevante e faz parte de uma situação sociológica complexa. O produtor dá todo o brilho à causa dos teuto-brasileiros e suas dificuldades (reais) mas  analisa superficialmente as razões do outro lado: a partir campanha de nacionalização do Estado Novo em nome da unidade nacional, iniciada em 1937 e se havia ou não anteriormente por parte dos alemães uma soberba elitização cultural em relação ao elemento nacional, coisa que sabemos que havia. Quando a situação pendeu para o seu lado, com a declaração de guerra à Alemanha, partiram estes nacionais, obviamente, para a desforra.

Mesmo assim o documentário é muito pertinente e merece se assistido. Aqui em São Bento essas coisas também aconteceram, inclusive na minha família, pois minha mãe foi matriculada em um jardim de infância de freiras católicas (apesar de serem luteranos fervorosos) para que pudesse aprender português e ensinar aos pais. Isso quando tinha 5 a 6 anos de idade.

O vídeo pode ser legendado em português [tecla CC], inglês ou alemão (este com incorreções) para auxiliar o entendimento de narrativas feitas em alemão e/ou português.



Um comentário:

  1. Quando levei minha esposa à Pomerode pela primeira vez fui assustando ela: "ah, agora você vai pra Meca do Nazi brasileiro, talvez não te deixem mais sair". Uma suástica (invertida) pichada num ponto de ônibus no caminho deixou ela ainda mais ressabiada :)

    Mas acabou gostando do lugar, até me aborrece às vezes pedindo pra mudar para lá :P Uma "nacional" vira-casaca...

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