* Este blog luta por uma sociedade mais igualitária e justa, pela democratização da informação, pela transparência no exercício do poder público e na defesa de questões sociais e ambientais.
* Aqui temos tolerância com a crítica, mas com o que não temos tolerância é com a mentira.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Brasileiro é muito burro mesmo!...





As telecomunicações brasileiras, um bem estratégico para qualquer nação foram “privatizadas” da seguintre forma: saíram do controle do governo brasileiro e agora parte significativa delas  são estatais da Itália, Portugal e Espanha. Acompanhem o raciocínio do brilhante jornalista Mauro Santayana, bem conhecido já aqui neste blog:



Analise de Mauro Santayana, em seu blog


Um dos mais propalados argumentos para se destruir, esquartejar e desnacionalizar as empresas estratégicas nacionais no final dos anos 90, era a deslavada mentira de que elas davam prejuízo ao erário. Esquecem-se de dizer que suas tarifas e investimentos estavam historicamente congelados - entraves que só foram removidos às vésperas da privatização. Outra desculpa era a de que elas se teriam transformado em “cabides de emprego”, o que naturalmente iria acabar após sua venda à iniciativa “privada”.

Quando vieram as licitações, além de terem sido entregues a preço de banana – e muitas vezes com farto e generoso financiamento do próprio governo brasileiro, via BNDES – percebeu-se que, em vez de terem sido privatizadas, muitas dessas empresas haviam sido na verdade re-estatizadas, deixando de ser patrimônio do povo brasileiro, para ingressar na esfera de influência de governos estrangeiros, como o português, o italiano, e o espanhol. Países que, por meio de participação direta ou “golden-shares”, controlavam politicamente – e ainda controlam - a Telecom Italia, a Portugal Telecom (hoje sócia da OI) e a Telefónica da Espanha.

Abordamos o tema, emblematicamente trágico do ponto de vista da soberania e do desenvolvimento nacionais, não apenas para lamentar a destruição de uma das nossas maiores empresas estratégicas, a Telebrás, e a campanha que estão movendo contra a sua volta, como concorrente pleno, ao mercado brasileiro – no qual as condições de “concorrência”, estabelecidas pela Lei Geral de Telecomunicações, tiveram como maior conseqüência o fato de estarmos pagando, hoje, como já dissemos, algumas das mais altas tarifas do mundo – mas também para mostrar, como, com o nosso dinheiro, estamos enriquecendo parasitas estrangeiros, como é o caso do jogador de handebol e genro do Rei da Espanha, Iñaki Urdangarin, acusado de desvio de dinheiro público. É essa gente que agora ocupa, no Brasil privatizado, os típicos cabides de emprego nos altos escalões das empresas “privatizadas” que sucederam a Telebrás.

Veja aqui a matéria saída ontem, no El Pais, sobre Iñaki Urdangarin, o genro do Rei, funcionário da Telefónica Brasil (leia-se Vivo, presidida pelo ex-conselheiro da ANATEL Antônio Carlos Valente), e os seus negócios no Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário