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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Avião espião americano abatido no Irã - tem problemas!...


pescado no blog O Informante (nome de nosso jornalzinho mimeografado da época do colégio ginasial)




A emissora estatal iraniana, exibiu imagens do UAV espião “invisível” que foi “derrubado” por um ataque cibernético das forças militares iranianas na semana passada, uma vez que a aeronave americana invadiu o espaço aéreo iraniano.


De acordo com a TV estatal iraniana o UAV RQ-170 Sentinel tem 26 metros de envergadura, tem 4,5 de comprimento e 1,84 metros de altura.






O UAV se assemelha a asas de morcego e é capaz de fugir dos radares inimigos. O RQ-170 Sentinel é equipado com diferentes sensores, o que significa que ele pode capturar uma vasta gama de material de inteligência, incluindo imagens em alta resolução, medir a radiação e capturar amostras do ar. Ele também é capaz de detectar potenciais alvos em terra e simultaneamente espionar as redes de comunicações sem fio, também foi projetado para espionar telefonemas e mensagens de textos e captar sinais de rádio e TV, entre outros dados.


Funcionários do governo dos EUA e diplomatas ocidentais disseram que o avião furtivo fazia parte de uma frota de aeronaves secretas que a CIA tem usado há vários anos em uma escalada da campanha de espionagem que tinham como alvo as instalações iranianas.


A aeronave, construída pela empresa aeronáutica americana Lockheed Martin, é mais conhecido por seu papel de monitoramento do Paquistão, onde Osama Bin Laden foi morto.


O Irã já abateu uma dezena de aeronaves não-tripuladas estrangeiras durante os últimos 4-5 anos.


Autoridades dos EUA descrevem a perda do RQ-170 Sentinel como retrocesso e um golpe falta no programa de UAVs furtivos.


Os EUA já imaginam que os engenheiros iranianos usaram a aeronave intacta para examinar a vulnerabilidade da tecnologia “stealth” americana e criar contramedidas para os seus sistemas de defesa antiaérea. Outra preocupação americana é que o Irã permita adversários como a China extrair dados do UAV, o que revelaria a sua história de voo, alvos monitorados e outras capacidades.

O RQ-170 Sentinel foi programado para destruir esses dados em caso de avaria, mas segundo a Guarda Revolucionária “ele” não conseguiu fazê-lo. O golpe foi tão duro que as autoridades americanas se recusam a aceitar que o Irã derrubou o UAV por um ataque cibernético. Ao invés de aceitarem honrosamente o fracasso, os americanos centram-se e difundir informações de que o UAV caiu devido a falhas mecânicas ou técnicas, mas no fundo eles conhecem a capacidade iraniana e isso deve explicar o porquê os EUA ainda não invadiram o Irã. Aeronave cobria grandes distâncias e dependia de links de satélites. A perda da conexão ou outro mau funcionamento poderia leva-los a voltar para casa ou serem destruídos de forma automática.




Verdades e mentiras

Autoridades americanas alegaram que o RQ-170 Sentinel não foi derrubado por um ataque cibernético iraniano, mas que o mesmo caiu depois que a CIA perdeu o seu controle. Essas mesmas autoridades diziam que os “destroços” do RQ-170 Sentinel não tinha muita utilidade para o Irã e que o país dos Aiatólas não poderia usar os destroços do UAV para fazer engenharia reversa. Mas depois que os iranianos mostraram ao mundo o RQ-170 Sentinel intacto, os americanos ficaram envergonhados e se ainda restavam-lhes alguma credibilidade, essa se foi de forma definitiva junto com “A Besta de Kandahar” (apelido dado ao RQ-170 Sentinel enquanto as autoridades americanas não admitia a existência desse UAV espião).


O Irã anunciou no domingo que suas forças de defesa haviam derrubado o RQ-170 Sentinel através de um sofisticado ataque cibernético. Inicialmente as autoridades americanas permaneceram em silencio sobre o caso porque não acreditavam que o Irã tinha detectado e derrubado um UAV invisível. No entanto, mais tarde, eles admitiram que tinham perdido contato com o avião. Funcionários da Casa Branca alegaram em um primeiro momento que o UAV não tinha nada de especial e que esse pertencia às forças da USAF no Afeganistão, mas tarde admitiram que o avião abatido era um avião não-tripulado de vigilância “stealth”, que era usado em missões secretas "top" da CIA.


O RQ-170 Sentinel tem revestimento especial e sua forma de asas morcego o ajudam a penetrar às defesas de outras nações sem ser detectado. A existência da aeronave é conhecida desde 2009, quando então um modelo foi fotografado no principal aeródromo americano em Kandahar, Afeganistão. Por ser desconhecido até então, o RQ-170 Sentinel recebeu o apelido de “A Besta de Kandahar”.


De acordo com as autoridades americanas, os EUA estão com um problema de falta de aeronaves sofisticada em estado-de-arte e o design do RQ-170 Sentinel não pode ser comparado aos seus rivais inferiores, caso do MQ-1 Predator.


Os americanos agora tentam convencer o mundo que a aeronave e seus sistemas sofisticados não estão entre as tecnologias que deveriam ser “expostas” aos iranianos ou qualquer outro país do mundo, especialmente os seus adversários, mas a mídia ocidental informou ontem que a aeronave é tão importante para os EUA, que os americanos já estão avaliando a hipóteses de mandar um time de comandos ao Irã para recuperar ou destruir o RQ-170 Sentinel.


As autoridades americanas anunciaram, que consideram várias opções para recuperar o RQ-170 Sentinel. Os americanos consideram tanto o envido de um time de comandos, que atualmente estão baseado nos Afeganistão, bem como a utilização de agentes aliados dentro do Irã para caçar a aeronaves abatida.


Outra opção seria o uso de um “time furtivo” que fosse capaz de explodir a aeronave. Uma terceira opção seria destruir a aeronave sofisticada com um ataque aéreo ou com mísseis de cruzeiro. Mas de qualquer forma o uso de pessoal em terra seria fundamental, afinal os americanos teriam que descobrir o local em que o RQ-170 Sentinel está guardado, quiçá seria necessários homens em terra para “iluminar” o local onde o RQ-170 Sentinel está, para que um ataque aéreo ou com mísseis de cruzeiro seja possível.


No entanto, os americanos estão preocupados em tomar qualquer decisão para recuperar ou destruir o UAV, haja visto que o Irã reagiria as atitudes americanas, oxalá as tome como alto de guerra.


Em contrapartida, até a exposição do RQ-170 Sentinel, intacto, pela TV estatal do Irã, a mídia americana tentava convencer de forma ridícula o mundo que o RQ-170 Sentinel foi danificado e que o Irã não faria muito uso do mesmo. Ridículo o papel das mídias americanas, afinal o papel de jornais, revistas e agências de notícias é informar e não difundir informação dúbia. Já o Irã lançou ontem as primeiras imagens juntamente com explicações detalhadas sobre seus sistemas, especificações e sobre a forma que as forças iranianas derrubaram o RQ-170 Sentinel.


Além disso, os funcionários americanos alegaram que analisar os “destroços” do UAV não daria aos engenheiros e cientistas iranianos a qualidade necessária para desenvolveram um UAV a partir do RQ-170 Sentinel. A bem da verdade, o Irã não precisa desse tipo de informação, afinal o país já desenvolveu um UAV espião furtivo com a capacidade de ataque. Isso há dois anos atrás.


O Irã iniciou a construção de uma fábrica na província de Mazandaran, em março de 2009, para a produção massiva de vários tipos de UAVs para diferentes missões. O Irã também desenvolve aeronaves de vários tipos, incluído de caça, os caças Saeqeh (Thunderbolt) e Azarakhsh (Lightening) são exemplos disso. No que concerne a furtividade, vale lembrar que o Irã pesquisa há anos formas e materiais para diminuírem a visibilidade de suas aeronaves.


Outro ponto que diz respeito as falsas afirmações  dos americanos sobre o RQ-170 Sentinel, é que os americanos tentam a todo custo convencer o mundo que aeronave caiu após perder o controle, mas como uma aeronave que caiu após um sinistro pode permanecer intacta após a queda? Seria o solo do Irã feito da mais fofa almofada?


Os americanos também dizem que o RQ-170 Sentinel invadiu o espaço aéreo iraniano várias vezes nos últimos 4 anos e que o Irã jamais percebeu as invasões. Como os iranianos poderiam detectar e abater tais aeronaves avançadas, questionou um funcionário da Casa Branca.


Parece que o funcionário americano não se deve lembrar da história de seus UAVs perdidos no espaço aéreo iraniano não na última semana, mas sim nos últimos 7 anos.


Em janeiro de 2011, o comandante da Força Aeroespacial da IRGC, o brigadeiro-general Amir Ali Hajizadeh, disse na “Payam Engelab” (Mensagem da Revolução) anual, uma publicação interna da Guarda Revolucionária, que as forças iranianas tinham abatidos vários aviões espiões de várias forças estrangeiras, inclusive dois desses aviões foram abatidos sobre o Golfo Pérsico.


“Temos até agora derrubado um grande número de aviões espiões altamente avançados”, disse Hajizadeh na ocasião.


Depois derrubar esses aviões, as unidade aeroespacial do Pasdaran recolheu os destroços dos mesmo, estudou-os e por meio de engenharia reversas desenvolveu a aeronaves não-tripuladas a partir das pesquisas.


No dia seguinte do pronunciamento Hajizadeh, o vice-comandante do Estado-Maior Geral das Forças Armadas do Irã, o major-general Gholam Ali Rashid confirmou que os relatos de Hajizadeh e acrescentou que várias UAV americanos foram derrubados pelas unidades de defesa aérea dos Guardiões da Revolução e disse também que alguns UAVs foram abatidos fora do espaço aéreo iraniano.


Poucos dias depois, um outro militar sênior do Irã confirmou os relatos de Hajizadeh  e Ali Rashid  sobre o abate de vários aviões inimigos sobre o Golfo Pérsico, e disse que o Irã tem como alvo um grande número destes aviões sem-piloto durante os últimos 7 anos.


“Nós experimentamos muitas vezes incidentes semelhantes no passado e houve mesmo UAVs pertencentes ao regime sionista (Israel), os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, que foram derrubados no Golfo Pérsico durante os últimos sete anos”, disse o oficial.


Ele também confirmou que os aviões tinham sido abatidos fora do espaço aéreo iraniano, e observou: “O movimento mostra que somos cuidadosos na tentativa de parar a violação do espaço aéreo do Irã por UAVs agressivos”.


O Irã convidou especialistas russos para ver esses dois UAVs abatidos e depois reproduzi-los através de engenharia reversa.

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