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quarta-feira, 30 de março de 2011

Simulador portuário criado no Brasil começa a ser exportado

do site Inovação Tecnológica

A empresa Virtualy, da Incubadora de empresas da Coppe, acaba de inaugurar o primeiro Centro de Simulação de Guindastes Portuários e Offshore do país, com tecnologia 100% nacional.

Equipado com dois simuladores com projeção em caverna digital e duas estações de mesa para operação a partir de monitores interligados, o Centro funcionará como ambiente de treinamento para operações em guindastes de bordo, portainer, ponte rolante e caminhões.

A tecnologia do Centro foi desenvolvida no Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe e já está sendo utilizada para treinamentos em portos italianos.

Por meio de um convênio entre a Coppe e a Universidade de Genova, na Itália, a Virtualy comercializou um simulador de portainer que opera no Porto de Cagliari, na Sardenha, e um simulador de caminhão de operações portuárias para treinamento, no Porto de Gênova.

Simulador portuário

Os simuladores funcionam a partir de uma réplica da cabine com todos os comandos ativos integrados a um sistema de visualização avançado. O cenário virtual em 3-D, que pode ser projetado em uma caverna digital ou em monitores interligados, simula sons e condições meteorológicas em tempo real.

Os cenários são reproduções do ambiente de portos brasileiros, entre eles o porto de Santos e do Rio de Janeiro, e o Portocel, no Espírito Santo.

A técnica pode ser adaptada para a construção de simuladores que possam atender a demandas de outros setores, como construção civil, mineração e aviação.

Manipulação de cargas

O pesquisador da Coppe e sócio da Virtualy, Gerson Cunha, explica que os simuladores proporcionam situações que podem ser vivenciadas durante o exercício da função, como procedimentos padrões de manipulação da carga, abastecimento e descarga de navios, e condicionamento em situações de emergência e situações adversas de clima, entre outros.

Segundo Gerson, o equipamento foi desenvolvido levando em conta até mesmo as propriedades mecânicas e elásticas do material a ser manipulado.

"Construímos uma forma de reproduzir o cenário real dos profissionais que atuam no ambiente portuário e offshore, o que é muito importante para a capacitação de pessoas. Agora temos condições de garantir segurança e agilidade nas operações, reduzir custos e aumentar a produção, já que os treinamentos não precisam mais ser feitos no próprio equipamento ou, em alguns casos, até mesmo fora do Brasil, como ocorre atualmente", explica o pesquisador da Coppe.

Treinamento

O diretor comercial da Sampling Planejamento, Ivan Pereira, destaca a importância do Centro no treinamento e na qualificação de profissionais para a operação de guindastes. Segundo Ivan, a Sampling capacita, por mês, entre 1.500 e 1.800 técnicos para operar, com segurança, equipamentos no ambiente offshore.

"Até o momento, todo o treinamento é oferecido no próprio local de operação, o que demanda mais tempo e é bastante oneroso. A partir de janeiro de 2011, nossos treinamentos passarão a ser realizados no Centro de Simulação da Virtualy", afirma o diretor comercial da Sampling, primeira empresa a contar com as inovações do Centro.

O Órgão do Gestor de Mão-de-Obra (OGMO) do Estado do Rio de Janeiro, responsável pela gestão de profissionais e técnicos do setor portuário que atuam nos portos de Sepetiba, Niterói, Forno e Rio de Janeiro, também pretende utilizar as técnicas do Centro para capacitação de profissionais.

Segundo o encarregado do setor de treinamentos do OGMO-RJ, Sérgio Oliveira de Araújo, a empresa treinará no Centro futuros operadores de guindastes. "A parte inicial do treinamento será no Centro e, posteriormente, as aulas práticas serão oferecidas nos cais dos portos".

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