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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Meu Puxadinho, Minha vida

O vídeo mostra o quanto D. José Chirico I – o ungido, entende as necessidades da plebe. Além do amplo programa de financiamento aos puxadinhos, o Meu Puxadinho, Minha Vida planejado, ele criará o Pró-Lage, visando a criação de espaços de lazer para a gentalha se divertir nos finais de semana. Outro programa de grande ressonância com a cultura popular será a distribuição de milhões de kits-gato. Se chamará programa Kit-Gato para todos. É um kit destinado a levar energia elétrica a milhões de barracos que ainda não contam com esta facilidade moderna.

Haverá também o Vale-Gato alimentação, para distribuir churrasquinhos dos bichanos entre a patuléia.

Ói só! O pobre morando num puxadinho do Meu Puxadinho, Minha Vida, utilizando energia ”subsidiada” pelo Kit-Gato para todos e curtindo a vida na lage do Pro-Lage degustando um belo dum “Filé-miau” comprado com o Vale-Gato. A carne de gado é reservada aos homens bons, sabemos. A pinga 51 infelizmente não será mais subsidiada, pois o molusco apedeuta infiel já estará aposentado... e isso sim, felizmente.

O Napoleão da Mooca também vai levar água e esgoto sem maiores inconvenientes até a porta (porta adentro) desses puxadinhos, como tão bem demonstrou em São Paulo, nos Jardins Romano e Pantanal.

É isso que a búlgara dentuça não entende: política estruturante e de retirada desses miseráveis esfarrapados das nossas calçadas limpinhas e cheirosas do Jardins. Pelo visto a proposta do nosso idolo vai ser fazer 1 milhão de puxadinhos, e nossas favelas crescerão finalmente muito mais do que as taxas do Haiti, como vinha sendo o índice de crescimento da Pindorama sob sanha petista.

Com as favelas em alta poderemos incrementar o turismo. Anualmente milhares de estrangeiros brancos de olhos azuis visitam as favelas como atração turística. Pintemos os puxadinhos, cada um de uma cor. Vai ficar uma beleza.

Plagiado e adaptado do incomparável Professor Hariovaldo – visitem o seu blog

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Comentário Botocudo - falando sério agora:

Nada define melhor o projeto demotucano para o país que a lógica do puxadinho, expressa por José Serra no debate da Band.

Foi a mais completo resumo que fez sobre seus planos de governo. E a síntese perfeita do seu passado como administrador.

Para ele, ventríloquo dos oligarcas que se sentem a "elite", os homens "de bem", basta que o populacho seja capaz de construir um puxadinho para que todas as coisas se resolvam. Todos os sonhos, as aspirações, as esperanças das pessoas de fora desse círculo de escolhidos por deus, estão contidas ali nesse puxadinho, que, com muito esforço, muitas economias, muito trabalho mal remunerado (olha aí a mais-valia!), e a máxima, a suprema, contribuição de um Estado magnânino, pode ser anexado a uma moradia feia, velha e gasta.

O puxadinho de Serra é a mais bem acabada expressão do desprezo com que os habitantes da Casa Grande olham os que moram na Senzala. É como se dissessem, num máximo esforço de boa vontade: "Olha, se vocês se comportarem bem, vamos ajudá-los a construir um puxadinho."

Ver e ouvir um candidato presidencial dizer o que disse dá uma tristeza danada na gente. Mas ao mesmo tempo nos deixa com a certeza de que se quisermos ir além do puxadinho, vamos ter de ignorar as ordens desse pessoal e, com nosso próprio esforço, levantar os mais altos edifícios jamais imaginados.

Porque, embora eles não saibam disso, somos um povo que pode construir muito mais que puxadinhos.

comentario de Carlos Motta



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