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sábado, 24 de julho de 2010

Historinhas edificantes - e de como elas deveriam ser contadas


E os escribas e fariseus trouxeram Lhe uma mulher, apanhada em adultério; a puseram em sua frente entre a multidão, perguntando a Ele:

- Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. Moisés nos ordenou na Lei que tais mulheres devem ser apedrejadas; o que dizes Vós?

Assim falaram tentando-O, para que pudessem acusá-Lo. Mas Jesus se abaixou, e com o dedo escreveu no chão [como se não os ouvisse].

Então, como eles continuaram a lhe perguntar, Ele se levantou, e disse:

- Aquele que entre vós estiver sem pecado, que atire a primeira pedra.

E novamente Ele se abaixou, e escreveu no chão.

E aqueles que ouviram, condenados pela [sua própria] consciência, saíram um por um, começando pelos mais velhos, até o último: e Jesus foi deixado sozinho, com a mulher parada entre a multidão.

Quando Jesus se levantou, não viu mais ninguém além da mulher, disse a ela:

- Mulher, onde estão aqueles que vos acusavam? Ninguém vos condenou? - Ela disse:

- Ninguém, Senhor. E Jesus disse a ela:

- Nem eu vos condeno; vai, e não tornai a pecar.

Poucos sabem, porém a história continua:

Schlomo, que era ateu e não tinha pecados porque pecado é especificamente um conceito de transgressão do código moral definido por uma religião, voltou até onde Jesus e a vagabunda estavam, pegou uma pedra deste tamanho e tacou nos cornos da vagabunda. A vagabunda estrebuchou no chão. Não morreu, mas quase... e Jesus saiu murmurando: “ateu filho da puta… estragou a minha estória”.


Adaptado e complementado de um ensaio de 2006 do Rafael Galvão

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